Tiago Queiroz/AE

"Para tratar da doença, ex-governador desistiu de disputar uma cadeira para o Senado"
São Paulo - O ex-governador paulista e presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, que morreu na manhã desta sexta, 24, às 7h40, no Hospital Sírio-Libanês, será velado no hall principal do Palácio dos Bandeirantes, às 14h, informa nota oficial do governo paulista.
A cerimônia será aberta ao público até às 18 horas, depois deste horário, será restrita a familiares e amigos do peemedebista. O enterro ocorrerá amanhã, por volta das 9 horas, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
A assessoria do ex-governador disse também que, desde sua última internação no hospital no final do mês passado, ele vinha se mantendo consciente e, nesta quinta, seu estado de saúde piorou.
Ainda não há informações oficiais sobre o que motivou o agravamento de sua situação e nem a causa da morte.
A mulher do peemedebista, Alaíde Quércia, e seus quatro filhos seguem no hospital Sírio-libanês para definir os detalhes do enterro.
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A trajetória política de Orestes Quércia
Uma das primeiras a chegar ao hospital, após a confirmação da morte de Quércia, foi a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio (PMDB), uma de suas principais aliadas. Ela lamentou a perda do amigo. 'Foi um grande amigo, um ser humano de excepcionais qualidades', disse emocionada. 'Ele deixa uma lacuna no coração de todos que o conheceram, é uma lacuna que não tem como ser preenchida', resumiu.
Há seis dias, Orestes Quércia deu entrada no Hospital Sírio-Libanês para dar continuidade ao tratamento. Ele realizou uma nova sessão de quimioterapia e permanecia internado. No dia 19 de dezembro, o ex-governador foi para a UTI.
Para tratar da doença, o ex-governador desistiu de disputar uma cadeira para o Senado, chegando a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Com a renúncia, Quércia declarou apoio o candidato eleito pelo PSDB, Aloysio Nunes Ferreira.
Quércia sofria com a doença desde 1997. Na época, ele decidiu realizar um tratamento de radioterapia, descartando a cirurgia para retirada do tumor.
* Com informações de Daiene Cardoso, da Agência Estado