Defensoria Pública faz vistoria em presídio feminino de Ananindeua, PA
Defensores públicos visitaram o Centro de Recuperação Feminino de Ananindeua neste terça-feira (16) para ouvir as reivindicações das detentas, após motins realizados durante a última segunda-feira (15), e conversar com a direção da casa penal.
“Uma das coisas que ficou clara lá é a falta de atendimento odontológico, gineco e oftalmológico também. A ideia é buscar parceria para que este tipo de atendimento sejam feitos na própria casa penal”, disse Carlos Eduardo Barros, defensor público.
“Realmente há falta de medicamentos, e nós da Defensoria, queremos entrar com as medidas cabíveis para que este problema seja solucionado”, disse Izabel Santos, defensora pública.
O primeiro motim aconteceu de manhã e só foi controlado com a chegada da tropa de choque. Bombas de efeito moral foram usadas. A polícia apreendeu 140 petecas de cocaína e mais de 40 aparelhos de celular durante a revista nas celas. Onze internas foram autuadas por envolvimento com o tráfico de drogas. A segunda rebelião foi à noite e terminou depois de duas horas de negociação.
De acordo com a Superintendência do Sistema Penal, a direção do CRF assumiu há menos de um mês. A equipe anterior foi remanejada e 25 agentes prisionais também foram substituídos. O superintendente da Susipe diz que a situação estava fora de controle. A corregedoria abriu dois procedimentos administrativos para apurar a conduta de servidores.
Segundo a Susipe, a situação no CRF de Ananindeua estava fora do controle. “Regramento diferenciado em relação à entrada de alimentos, horários, quantidades, não obediência à determinados normativos circulares da própria Susipe, um certo descontrole administrativo da população carcerária. O CRF é o lugar onde se encontraram o maior número de celulares de toda a operação”, disse André Bittencourt, superintendente da Susipe.
As visitas estão suspensas no centro de recuperação.
G1
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