Governador Simão Jatene exonera diretor do Detran no Pará
Na edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador do Pará Simão Jatene tornou pública a exoneração de Walter Wanderley de Paula Pena, responsável pela direção geral do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran). Em seu lugar, assume Agostinho Queiroz Soares, que já ocupa o cargo nesta sexta. Procurado pela reportagem do G1, o novo diretor informou, através de sua assessoria de gabinete, que cumpre agenda interna.
A assessoria de comunicação do governo do Pará informou que a saída de Walter Pena se tratou apenas de uma mudança de caráter administrativo, por se tratar de um cargo de confiança.
Fraudes no Detran
Em maio deste ano foi divulgada uma série de irregularidades envolvendo contratos de publicidade e propaganda ilícitos nas administrações dos ex-diretores do órgão, além de um esquema de fraudes na venda de carteiras de habilitação
Em maio deste ano foi divulgada uma série de irregularidades envolvendo contratos de publicidade e propaganda ilícitos nas administrações dos ex-diretores do órgão, além de um esquema de fraudes na venda de carteiras de habilitação
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada em 22 de maio para apurar as fraudes no Detran. Em votação realizada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), o deputado Ítalo Mácola (PSDB) foi eleito presidente e Fernando Coimbra (PSD), relator. A comissão é integrada, ainda, pelos deputados Eduardo Costa (PTB) e Francisco Melo, o Chicão (PMDB). São suplentes Simone Morgado (PMDB), Tetê Santos (PSDB), Nélio Aguiar (PMN), Zé Maria (PT) e Luzineide Farias (PSD).
Segundo a Polícia Civil, as investigações da Operação Blitz revelaram que os preços cobrados para emissão da habilitação de forma fraudulenta variavam de R$ 1,2 a R$ 4 mil, e dependiam do pacote de serviços oferecidos aos candidatos inabilitados e da categoria pretendida. A investigação apontou ainda que os candidatos davam início ao processo de habilitação em diversos estados e conseguiam a obtenção da carteira no Pará.
A polícia afirmou também que as pessoas que pagavam os valores estipulados sequer realizavam os exames determinados pelo Código de Trânsito Brasileiro, e que cerca de 30 servidores públicos estariam envolvidos no esquema, incluindo o Procurador Geral do Departamento de Trânsito do Pará (Detran).
As investigações começaram em 19 de março de 2012, em Abaetetuba, com a instauração de inquéritos policial e civil, pelo delegado Marcos Miléo, da Polícia Civil, e Ministério Público. Depois, em Belém, o delegado Felipe Pinheiro instaurou novo inquérito policial. Segundo o delegado geral, de 46 Ciretrans do Detran, sete são investigadas.
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