“Nosso diálogo com o atual governo estadual fracassou”, disse o coordenador do MTTL.
Jatene se comprometeu com os integrantes a abrir um canal de diálogo com os movimentos sociais, ao assumir o Governo do Estado
O candidato Simão Jatene reuniu-se no sábado (16), com integrantes do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTTL), acompanhados do deputado federal eleito Arnaldo Jordy (PPS). O objetivo do encontro foi pedir apoio do candidato na criação de uma política voltada para o diálogo entre o Estado e os movimentos sociais.
“Nosso diálogo com o atual governo estadual fracassou. Foram 16 tentativas de diálogos, sem um resultado positivo. Como tudo indica que Simão Jatene será eleito governador, estamos já trabalhando para que seja possível evitar enfrentamentos e conflitos”, afirmou o coordenador estadual do MTTL, Naldo Pantoja, informando que a militância do movimento está liberada para votar em quem quiser.
Por mais de uma hora, Jatene e os integrantes conversaram sobre reforma agrária, regularização de terras e as possibilidades de soluções dos conflitos existentes no Estado. Um dos consensos durante a reunião foi a criação de um banco de dados das pessoas beneficiadas – nas áreas urbana e rural –, evitando com isso a especulação e, ainda, para moralizar os movimentos sociais.
Foi discutida também a possibilidade de implantação de um projeto piloto de agricultura familiar para produzir merenda escolar, e também o acesso à educação pelas crianças e jovens dos assentamentos.
Simão Jatene se comprometeu com os integrantes a abrir um canal de diálogo com os movimentos sociais, ao assumir o Governo do Estado. “Sou aberto ao diálogo, embora reconheça que os desafios da reforma agrária são muito grandes no nosso Estado. Sempre lutei contra a pobreza e as desigualdades e luto por uma relação transparente com todos os integrantes da sociedade”, afirmou Jatene, lembrando que coordenou o primeiro Plano Nacional de Reforma Agrária, no Ministério da Reforma Agrária.
O MTTL está em 17 municípios paraenses. 8.500 famílias fazem parte do movimento, cuja renda é 80% oriunda da agricultura familiar.
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