No dia 12 de novembro, o Deputado Italo Mácola, Presidente da Frente Parlamentar de Navegação e Portos no Pará - FPNP, usou da tribuna no grande expediente da sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, para falar da necessidade do país mudar a matriz de transporte, com a finalidade de buscar a minimização no custo Brasil/transporte, tornando-nos mais competitivos no mercado internacional.
Ele iniciou seu pronunciamento comentando sobre as matérias publicadas recentemente na Folha de São Paulo, que teve como titulo: "Abertura da China para milho esbarra em logística" e outra matéria veiculada no "Fantástico", sobre as dificuldades do Governo Federal em realizar as obras hidroviárias e portuárias no Brasil.
Ele discorreu sobre a produção de milho no Mato Grosso, que utilizando 40% da área destinada à soja, os produtores conseguiram uma safra de 22 milhões de toneladas de milho ao ano, produto que está em falta na China e os EUA, e que devido a seca, estão em dificuldades para atender o mercado asiático.
O que falta? Ora, "a saca de milho no centro-oeste custa 9 reais, o transporte rodoviário para os portos do sul do país custa o dobro do produto, 18 reais, se este produto fosse escoado por hidrovias para os portos do Pará, este transporte custaria menos de R$1,00 por saca, ou seja, seria a minimização do custo Brasil/transporte", enfatizou o deputado Italo.
Em seguida ele falou sobre a missão da FPNP, da qual é presidente, quando no dia 9 de novembro apresentaram ao DNIT o posicionamento da Frente sobre a otimização do projeto de derrocamento do "Pedral do Lourenço".Ele esteve em comitiva juntamente com o Presidente da ALEPA Deputado Márcio Miranda - DEM, os Deputados Valdir Ganzer - PT e Edmilson Rodrigues - PSOL, e ainda o Deputado Federal Zé Geraldo e o Senador da República Flexa Ribeiro, Eduardo Carvalho vice presidente da FENAVEGA e presidente do SINDARPA e Paul Stevens presidente da ATOC.Eles foram surpreendidos quando souberam que o Diretor Geral General Jorge Fraxe estaria viajando e a comitiva seria recebida pelo coordenador geral de Portos Marítimos do DNIT Valter Silveira, que repetiu o que havia sido dito em outra ocasião pelo Ministro dos Transportes César Borges: "o projeto está sendo realizado pela UFPR (Paraná), será entregue em 29/11 e a licitação terá seu edital publicado dia 20 de dezembro. Descartando, sumariamente a proposta apresentada pela comitiva da FPNP, resultado de seu I Fórum de Trabalho, realizado em 30/09/2013, que seria o aproveitamento do projeto da Universidade Federal do Pará, aprovado com louvor pelo DNIT em 2010, com licença ambiental, orçamento do PAC, licitado com um vencedor no valor de aproximados 364 milhões de reais, quase 30 % abaixo do preço do DNIT, projeto que atende aos empresários da Navegação e a demanda existente em curto e médio prazo, podendo iniciar o derrocamento imediatamente, sem correr o risco de conflitar com os impedimentos que a legislação eleitoral impõem es 2014, e ainda, quando a demanda de grãos e minérios assim o exigir, este projeto poderia ser ampliado, sem danos ao que estaria executado.
Após todo o exposto, considerando ainda, ser este o 3º projeto encomendado pelo DNIT (UFPA, VALE e UFPR), não ter consultado o Governo do Estado, nem as Entidades de Classe e muito menos a sociedade, e somente ter consultado a empresa Vale, concorrente do corredor hidroviário Marabá/Vila do Conde no Pará com a sua ferrovia Marabá/Porto de Itaqui no Maranhão, as inúmeras postergações de data do edital, a escolha desta nova data 20/12, 6ª feira, praticamente o último dia útil deste ano, não ter o projeto da Universidade do Paraná pronto, obviamente sem licença ambiental, sem orçamento e com restrições na legislação eleitoral no ano que vem, o Deputado Italo Mácola concluiu: "QUEM NÃO QUER FAZER INVENTA FATO NOVO, AFIRMO QUE ESTA OBRA NÃO SAIRÁ DO PAPEL E NEM SERÁ INICIADA PELO DNIT NESTE GOVERNO"
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