terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eleição indefinida em Juruti

No município do oeste paraense, Legislativo continua sem direção (Foto: Divulgação)

Continua indefinida a presidência da Câmara Municipal de Juruti, município do oeste do Pará. A eleição deveria ter acontecido ontem, mas os vereadores da oposição não aceitam a formação da chapa apresentada pelos vereadores da base do governo.
A eleição já tinha sido adiada - deveria ter ocorrido na última sexta-feira, 31 de dezembro, mas, por desentendimento entre os vereadores, foi transferida para ontem. Naquele dia, o candidato a presidente, vereador Cleverson Mafra, do mesmo partido do prefeito (PT), mas que seria apoiado pelos vereadores do DEM, oposição ao governo municipal, não compareceu e retirou a candidatura em cima da hora, o que causou irritação entre os vereadores de oposição.
Duas chapas estavam concorrendo à mesa diretora da Câmara, ambas encabeçadas por vereadores do PT - Andréa Alves e Cleverson Mafra.
Os quatro vereadores da oposição estavam apoiando Cleverson Mafra, que possivelmente seria eleito com cinco votos. Andréa Alves representaria os vereadores da base governista, mas ficaria com apenas quatro votos - a Câmara só possui nove vereadores.
Cleverson Mafra poderia até deixar o PT após a eleição, pois estaria com a chapa composta na maioria da base de oposição, e haveria restrição por parte do Partido dos Trabalhadores – PT, que tem Henrique Costa como prefeito. Percebendo que o momento não era propício para um ‘racha’ no partido, Cleverson decidiu não comparecer na sessão e enviou um documento retirando sua candidatura.
A vereadora Andréa Alves também retirou sua candidatura, a pedido do partido. Por sua vez, o ainda presidente Manoel Borges marcou a eleição para ontem, o que provocou descontentamento dos vereadores da oposição, além de populares, que estavam presentes, principalmente dos comunitários da região de Juruti Velho, apoiadores de Mafra. Chegou a haver bate-boca, que teve que ser contido por policiais militares.
Os vereadores Erodice Batista, Izael Amaral, Glauber Andrade e Carlos Alberto, todos do Democratas, que formam a oposição ao governo municipal, decidiram entrar na Justiça para impedir a eleição. O argumento era de que Borges não teria mais poderes para definir a data.
Seguindo o regimento interno da Casa, assumiu a presidência provisória o vereador Erodice Batista ‘Eró’, por ser o mais idoso.

CONFLITO
As duas chapas lançadas à eleição são encabeçadas por vereadores do PT, mas uma delas acabou apoiada pela oposição. (Diário do Pará)

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