domingo, 2 de janeiro de 2011

Na posse, Jatene defende pacto pela sociedade

  
                             Populares ganharam um “coraçãozinho” do governador. Acima, Jatene presta o juramento.
(Fotos Tiago Araujo e Alepa)

No primeiro discurso após a cerimônia de posse, realizada na manhã de ontem sábado, o novo governador do Pará, Simão Jatene, voltou a afirmar as áreas de saúde, educação e segurança receberão tratamento especial. Na área da saúde, prometeu construir mais dois hospitais regionais, no mesmo modelo dos cinco que construiu na primeira vez que governou o Estado entre 2002 e 2006. “Vamos dotá-los de médicos, funcionários e remédios suficientes para atendimento eficiente e digno aos pacientes”.

Para a segurança, Jatene prometeu implantar os chamados Territórios de Ação Policial, mas disse que considera importante “cria e estimular” uma cultura de paz. “É o que iremos fazer reforçando ações do Propaz e trazendo de volta a Fábrica Esperança”, afirmou referindo-se a dois programas implantados no primeiro mandato, um voltado para jovens e outro voltado para a ressocialização de presos.

Para a educação, o novo governador prometeu criar a Universidade Tecnológica (Unitec) para formação superior profissional. Jatene disse que para fazer o que se propõem vai precisar “consolidar um pacto com os servidores públicos a quem pediu ajuda para cuidar “sobretudo, dos mais carentes”.

Como tem repetido em todos os discursos, Jatene mais uma vez pregou o que tem chamado de pacto pela sociedade e defendeu uma ampla aliança para governar. “O Pará é maior do que todos os partidos, todos os governantes, todas as instituições. Compreender isso é ter humildade para governar com todas as forças políticas possíveis”. Jatene disse ter dado mostras da disposição para a união ao montar uma equipe de governo com representantes da maioria dos partidos com assento na Assembleia Legislativa do Pará.

“Participar do governo é ter oportunidade de retribuir a confiança popular”, afirmou no discurso feito na tribuna da Assembleia Legislativa, logo após ter sido empossado pelo presidente da Casa, deputado Domingo Juvenil (PMDB).

DISCURSOS

Nas quase quatro horas da cerimônia, Jatene fez dois discursos. O primeiro, escrito na véspera foi lido na presença de deputados, autoridades do Estado e convidados - a maioria integrantes da equipe de governo. O segundo, feito de improviso, foi voltado para as centenas de pessoas que ocuparam a praça em frente ao Palácio Lauro Sodré, onde o governador passou em revista às tropas e, subiu a um palco para receber a faixa das mãos da, agora, ex-governadora Ana Júlia Carepa.
No palanque, mais descontraído, Jatene foi aplaudido várias vezes. Começou agradecendo ao público. “Nada disso estaria acontecendo aqui não fosse a solidariedade, a presença e participação de cada um de vocês”. Ao se referir à família, Jatene ficou com a voz embargada e contou que ao justificar as ausências para os netos explica que está lutando para que todas as crianças do Pará tenham as mesmas oportunidades que eles.

“As crianças que estão por aí nas praças e nas ruas têm sangue nas veias do mesmo jeito que corre nas veias dos meus netos. Só não tiveram oportunidades. É por isso que estamos lutando”.

O governador evitou críticas ao governo que sai. “Não vou falar de herança deste ou daquele tipo. Vocês já fizeram esse julgamento quando nos elegeram”.
(Diário do Pará)

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