"O livro excedeu até a minha própria expectativa". A declaração do titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Paulo Chaves, refere-se ao trabalho que seria o quinto volume da Série Restauro, cujo embrião foi o trabalho de restauração realizado no Theatro da Paz entre os anos de 2001 e 2002, fartamente documentado pelo setor de projetos da Secult. O livro tem o seu lançamento marcado para o dia 21 de março, quinta-feira, às 19h, no hall nobre do TP. A Série Restauro é um projeto do Governo do Estado realizado pela própria secretaria em convênio com a Academia Paraense de Música (APM).
A ideia da publicação foi estimulada pela APM, o que possibilitou um levantamento de informações históricas preciosas, incluindo fotos e ilustrações inéditas, como é o caso, por exemplo, dos desenhos dos pintores Domenico de Angelis e Giusepe Capranesi. Além de ser um documento-guia minucioso da vida do teatro, traz a contribuição de textos escritos especialmente para esta publicação por Vicente Salles, Benedito Lima de Toledo, Allan Watrin Coelho, Fabiano Bastos Moraes e Gilberto Chaves em relatos que complementam e rememoram o significado desta casa de espetáculos para a cidade de Belém, desde a sua pedra fundamental até os nossos dias, passando pelo frisson do período da borracha.
"Todo o projeto de restauração encontra-se amplamente documentado em plantas, cortes e fachadas, e a obra em si foi rigorosamente acompanhada por registros fotográficos", afirma Chaves. Eliana Cutrim, atual presidente da Academia, afirma que o envolvimento na elaboração da publicação foi um ganho mútuo para todos os envolvidos. "Um livro desse, por si só, é um documento de extrema importância, então para nós da APM, que somos ligados à música, à Cultura, e ao próprio Theatro, é uma honra fazer parte disso, se sentir cúmplice por esse resultado final", reforça.
Tal e qual um pai orgulhoso, o secretário de Cultura não esconde a alegria pela qualidade alcançada. "Ele traz informações que ninguém conhecia sobre a vida do teatro, incluindo as gravuras, fotos e ilustrações de grande importância para a memória desse monumento, além do próprio trabalho de restauração que servirá como fonte de dados essenciais para as intervenções que vierem a ocorrer. Considero este livro tão importante quanto a realização do Hangar ou da Estação das Docas", admite.
Agencia Pará
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