quinta-feira, 25 de abril de 2013

Feira do Livro no Hangar


A XVII Feira Pan Amazônica do Livro abre no dia 26 de abril, às 19h, no Hangar, com o show “O Pará em Canto”, que reunirá grandes nomes da Música Popular Paraense. “Vamos fazer um passeio pelo nosso repertório mais clássico. Teremos canções de Waldemar Henrique, Mestre Isoca, Chico Senna, Ruy Barata e Nilson Chaves, entre outros, inter- pretados por Camila Honda, Nana Reis, Liah Soares, Olivar Barreto e Paulo André Barata. Será um grande painel musical da nossa música autoral”, diz o músico Luiz Pardal, diretor do show. Além das interpretações de canções de autoria de compositores, que marcam a história da música paraense, a apresentação vai contar ainda com Tony Soares, Almirizinho Gabriel e Ronaldo Silva.

‘’Há muitos nomes, grandes obras que ilustram a história da música paraense. Na Feira Pan Amazônica deste ano, a ideia é fazer uma pequena mostra do que se tem aqui, musicalmente, a oferecer’’, diz Luiz Pardal. Muitos não estarão presentes com suas composições, mas certamente serão lembrados, como Mestre Verequete, Cupijó, Mestre Vieira e tantos outros. Dona Onete ganhará espaço, assim como Mestre Lucindo, ambos ilustres nomes do nosso carimbó, e Nilson Chaves, que encabeça uma outra geração de grandes talentos da nossa música. Mas foi preciso elencar e definir o show, e nele foram inseridas composições de notáveis ex-poentes, sem desmerecer nenhum outro.

O maestro Wilson Fonseca, o Mestre Isoca, por exemplo, completou em 2012, centenário de nascimento, e ganhou inúmeras homenagens. Nascido em novembro de 1912, em Santarém, faleceu em março de 2002, em Belém, deixando uma obra de mais de mil composições, diversificadas em peças sacras, clássicas, populares e folclóricas.

Toda a obra do compositor foi catalogada por ele, enquanto vivia. Fonseca já teve sua obra registrada em CD’s como “Projeto Uirapuru - O Canto da Amazônia - vol. 1”; “A Música e o Pará” (Duo Pianístico da UFPA); “Projeto Pará Instrumental - vol. 3” (Amazônia Jazz Band); “Encontro com Maestro Isoca” (2ª Bienal Internacional de Música de Belém, PMB, 2002); “Sinfonia Amazônica” (vol. 1 e 2), estes últimos gravados pela Orquestra Jovem Wilson Fonseca, de Santarém.

Ruy Paranatinga Barata também nasceu em Santarém, sob o signo de câncer, no dia 25 de junho de 1920, e morreu em São Paulo, em 23 de abril de 1990, quando pesquisava sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazônia. Com seu filho Paulo André Barata compôs, em parceria, um vasto número de canções que se tornaram referência em todo o Estado do Pará. Não se pode falar de música paraense sem que seu nome esteja presente.

Já Chico Sena, é uma figura indissociável da noite belenense durante a década de 1980. Músico e compositor, ele é considerado um dos grandes compositores da música popular do Pará, dono de uma vasta produção autoral, influente até hoje, mas talvez ainda pouco conhecida pelas novas gerações. Nascido no município de Abaetetuba, criado entre artistas e músicos da capital paraense, Chico Sena teve a carreira interrompida de forma precoce, aos 26 anos.

E por fim, Waldemar Henrique da Costa Pereira, que nasceu na cidade de Belém, no dia 15 de fevereiro de 1905. A primeira música de sucesso de Waldemar Henrique foi ‘’Minha Terra’’, composta em 1923. Em 1929 estudou no Conservatório Carlos Gomes. Sua família era contra, e seu pai insistiu para que ele se desviasse de sua vocação empregando-o num banco. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1933, onde estudou piano, composição, orquestração e regência. Suas obras têm principalmente como tema o folclore amazônico, indígena, nortista e brasileiro. Waldemar faleceu em 29 de março de 1995, aos 90 anos.

Rádios, teatros e cassinos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte foram os locais onde Waldemar Henrique mais atuou. Excursionou também por várias outras cidades do Brasil e pelo exterior, como Argentina, Uruguai, França, Espanha e Portugal. Por mais de dez anos, o compositor dirigiu o Theatro da Paz, em Belém, cidade onde, em setembro de 1979, foi inaugurado um teatro para 220 pessoas, batizado com seu nome.
Serviço
A Feira Pan-Amazônica do Livro, no dia 26 de abril só será aberta às 19h.
A partir do sábado, 27, fica aberta das 10 às 22h, até dia 5 de maio, com entrada franca.
Mais informações sobre toda a programação, no site: www.feiradolivro.pa.gov.br.

Por Secult

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