Hoje houve a reunião de Prestação de Contas do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, compondo a mesa o vice-governador Helenilson Pontes, presidente deputado Márcio Miranda e o secretario de planejamento Sério Bacuri. O vice-governador colocou em pauta dois assuntos de extrema importância dos paraenses.
A Assembleia Legislativa sempre
esteve a serviço independentemente do projeto, que pode ser do governo, ou pode
ser do parlamentar ou da oposição a ALEPA sempre colocou, nesta legislatura
especialmente, os interesses do Estado do Pará acima de qualquer outro interesse, seja de partido ou político, é importante dar ênfase para que não cair no pecado de
dimensão da importância que nós temos.
“Eu queria agradecer em nome do
poder Executivo, a parceria fundamental da Assembleia, inclusive especialmente
da oposição que sempre ajudou, apresentando alternativas, soluções e ajudando
sempre a construir um marco regulatório com a finalidade de suprir a necessidade
da sociedade” diz o vice-governador Helenilson Pontes.
Divisão de
Emendas
O fato que aconteceu ontem (24) no senado
federal na comissão de assuntos econômicos, que o governo dopara considera como
uma agressão histórica da federação brasileira contra os interesses do Pará e
dos paraenses.
O Estado sofreu um grande golpe. O
governo Federal tomou a iniciativa de fazer a reforma do ICMS, e a reforma é
basicamente a reforma das alíquotas ICMS das operações entre os estados.
O Governo Federal enviou uma medida
provisória, estabelecendo um critério, que todas as trocas interestaduais se
farão á nível de 4%, e estabeleceu uma exceção, as saídas interestaduais da
zona franca de Manaus serão feitas a 12%, por tanto, pela medida provisória,
quando o Estado do Pará mandar mercadoria pra Manaus, o Pará ficaria com 4 %,
quando Manaus mandar para o Estado do Pará, Manaus ficaria com 12%.
O
Governo do Estado já redigiu e apresentou uma emenda provisória, que diz, que nas
relações entre os Estados do Amazônia, todos teriam que estar submetidos ao nível
de 12%, um tratamento igualitário entre o Amazônia e Manaus. O Estado lutará
contra essa descriminação do Pará. O vice-governador Helenilson Pontes pediu a união dos parlamentares estaduais e federais de todas as bancadas do Pará, para pressionar pela aprovação da emenda apresentada pelo Senador Flexa Ribeiro (PSDB) que inclui o Pará é o único estado da Amazônia que não faz parte da área de livre comércio, o que permite uma cobrança diferenciada de ICMS nas transações entre os Estados.
Prestação de contas
Nota Geral:
O
BNDS á um mês atrás enviou uma correspondência suspendendo todos os repasses ao
Estado do Pará, enquanto o Estado, não regularizar as prestação de contas da
operação de 366. O Banco notificou o Pará, declarando que não receberia nenhum
centavo do BNDS enquanto não houver uma nova prestação de contas.
Entendendo
a Operação 366:
O
governador do Estado, Simão Jatene, anunciou que a Auditoria Geral do Estado
(AGE) identificou irregularidades na prestação de contas de operações de
empréstimos bancários junto ao Banco do Brasil e ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico Social (BNDES) pela administração de Ana Júlia Carepa. Dezesseis
notas fiscais idênticas, que totalizam R$ 77 milhões, foram apresentadas aos
dois bancos para justificar financiamentos distintos.
A
iniciativa de Simão Jatene é - juntamente com os outros poderes - evitar o
engessamento do Estado, que corre o risco de ficar inadimplente caso não
retifique a prestação de contas junto aos BNDES, o que inviabilizaria qualquer
outra operação de crédito ao Pará no momento.
O
empréstimo de R$ 366 milhões tomado junto ao BNDES para repasse em grande parte
aos municípios está cheio de falhas, como por exemplo, a não identificação de
fonte detalhada de recursos, o que dificultou o rastreamento do dinheiro dentro
das contas públicas. “Até o momento, dos R$ 275 milhões repassados ao estado
pelo BNDES, apenas R$ 232 mil estão com a rubrica aplicada corretamente. O
restante está em fontes de recursos diferentes os quais foram movimentados na
conta única do Estado”, disse o governador em uma das entrevistas sobre o assunto.
O
BNDES já informou ao Estado que a prestação de contas deve ser retificada sob
pena do Estado ser incluído no Cadastro de Devedores. Para não ficar
inadimplente, o Governo do Pará usará projetos a partir do início da
administração de Simão Jatene com recurso oriundo do tesouro do Estado para
comprovar os gastos anteriores. “É uma solução jurídica já aprovada pela
entidade financeira, mas isso nos trará dificuldades na nossa prestação de
contas futura. O Estado, no entanto, não correrá o risco de ter que devolver
imediatamente o dinheiro liberado e muito menos pagar uma multa de 50% sobre o
valor transferido até agora”, explicou o governador.
Os
presidentes do TCE e da Assembleia Legislativa garantiram ao governador apoio
tanto na área de fiscalização dos recursos aplicados como na investigação sobre
a emissão dos mesmos documentos fiscais para validar empréstimos diferenciados.
O governador informou que, de posse desta análise, o Procurador Geral do
Estado, Caio Trindade, deverá ingressar na Justiça com um pedido de improbidade
administrativa e até mesmo com infrigências penais contra os autores das
irregularidades. O governador Simão Jatene reuniu todos os deputados estaduais,
e explicou pessoalmente, as graves irregularidades que envolvem a prestação de
contas do empréstimo junto ao BNDES.
Do
valor de R$ 366 milhões do BNDES para serem aplicados em obras, R$ 187 milhões
deveriam ser repassados aos municípios; R$ 42 milhões serviriam a emendas
parlamentares; R$ 16 milhões seriam de uso exclusivo do Estado para livre
aplicação em obras e R$ 121 milhões deveriam ser destinados a despesas de
capital, especificadas na lei N° 7.424/2010 que autorizou o empréstimo.
No entanto, dos 143 municípios do Estado que deveriam receber recursos da
operação 366, 62 não receberam nenhum repasse, outros 62 tiveram valores a
menor repassados, apenas 5 tiveram valores iguais ao previsto no anexo I da
lei, além de 14 que receberam os privilégios.
Será prestado conta do valor de 235 mi, com investimentos
realizados neste Governo, com a autorização da Assembleia Legislativa e a nova
lei que já foi aprovada. O governo só receberá o recurso necessário para os
projetos e investimentos quando apresentarem a prestação de contas de todos os
275 mi.
No entanto, as obras não estão paradas, porque o Estado
esta colocando recursos do Tesouro, com a autorização do BNDS, as obras estão
sendo feitas e já tem 100mi de recurso do Tesouro aplicados nelas, 275, 279,
Alça Viária, PA 150, estão sendo feitos para avançar as obras independentemente
da liberação dos 955mi do PROINVEST, e dos 400mi do Banco do Brasil. O fato do
BNDS ter suspendido as liberações, não impediu que o Estado desse continuação
aos trabalhos, e estarão sendo feitas pelo Tesouro até o BNDS aceitar a
prestação de contas.
Todos os recursos que a Assembleia aprovou, ainda não
foram recebidos pelo Estado do Pará, em função da questão de prestação de
contas da operação 366. O Governo aguarda uma resposta do BNDS em 60 dias.
A operação da educação está na Secretaria Tesouro do
Nacional, depois irá par ao CAI, depois irá para o Senado.
ASCOM - Deputado Italo Mácola
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