segunda-feira, 17 de maio de 2010

Elevado inaugurado em meio a muita confusão


O que era para ser apenas uma grande festa política com dividendos eleitorais, na inauguração do Complexo Viário Júlio César (foto), domingo, 16, pela manhã, quase se transforma numa praça de guerra. Isso depois que manifestantes ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) fizeram um ato de protesto contra a governadora Ana Júlia Carepa por conta das reivindicações da categoria ainda não atendidas pelo governo e que desencadearam uma greve nas escolas estaduais. Um professor e diretor de escola de Barcarena foi preso pela Polícia Militar, acusado de ter atirado uma “touceira” de grama em Ana Júlia no momento em que a governadora desfilava em carro aberto.



Desde cedo, cerca de cem manifestantes se posicionaram estrategicamente em uma das curvas logo abaixo do elevado Daniel Berg. Com faixas cobrando o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e gritos como “a greve continua, Ana Júlia a culpa é tua”, os professores, com narizes de palhaço, diziam que iram “empanar” um pouco a festa. “Fomos para tirar um pouco o brilho dessa comemoração”, disse a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda.

A confusão foi estabelecida logo depois que os manifestantes foram impedidos, por soldados da Rotam, de entrar na pista de pouso do aeroporto Júlio César, o espaço onde seria realizada a cerimônia festiva. Foi quando o carro em que Ana Júlia e outros políticos se aproximou que os professores correram em direção ao veículo da governadora.

Segundo a Polícia Militar, os manifestantes teriam atirado pedras, areia e grama na governadora. Na confusão, o professor e diretor de escola Hélio de Souza Santos, suspeito de ser um dos agressores, foi imobilizado com uma “gravata” dada por um policial. Jogado ao chão, o professor foi algemado e levado até a Seccional de São Brás, onde foi autuado por crime contra a pessoa e contra o Estado. “Ele teria agido com violência contra a governadora e desacatado os policiais”, afirmou a delegada Cristiane Capucho.

O professor nega as acusações. “Estávamos protestando normalmente. Em determinado momento me abaixei e fui empurrado pelo pessoal do PT, que me acusou de estar jogando algo na governadora, uma touceira de grama. Seria impossível. Aquilo tem mais de um metro quadrado”, diz Santos, que tinha o polegar da mão direita inchado. “Não sei se está quebrado”, disse.

“Não havia nenhuma orientação para atos desse tipo”, disse Conceição Holanda. Logo depois dos depoimentos das testemunhas, o professor foi liberado, mas deverá responder a processo. A governadora será ouvida no Palácio em data ainda a ser marcada.

Fonte: Diário do Pará



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