terça-feira, 14 de julho de 2009

Morre Juvêncio Arruda, o Juca do Quinta Emenda

Criador do blog Quinta Emenda, e tido como um dos principais blogueiros do Pará, faleceu na última segunda feira, 13, com o corpo sendo velado na Capela da Beneficente Portuguesa, e sepultado no dia seguinte, o jornalista e escritor Juvêncio Arruda Câmara. Juca, como era conhecido, era particular amigo do Deputado Italo Mácola que, aliás, vai apresentar em Agosto um Requerimento de Votos de Pesar à familia enlutada pelo falecimento de Juvêncio. Em seu blog, a jornalista Franssinete Florenzano diz: “sinto-me órfã de seu humor sutil, às vezes ácido, às vezes dulcíssimo. Estou triste. Nenhuma palavra é capaz de traduzir este momento. Experimento aquela sensação angustiante de perda, e imagino o sofrimento de sua querida Marise e os filhos, aos quais me uno em orações – e peço as de vocês - para que Deus receba o Juca em Sua casa, e de lá nos console pela sua ausência.
Vá em paz, querido Juca. Deus o abençoe, o ilumine e o conduza à vida eterna.

A comunidade blogueira está de luto, inclusive o blog do Deputado Italo Mácola que externa votos de profundo pesar à esposa de Juvêncio, Dona Marise, e a todos os familiares.



ALMA AUSENTE

Frederico García Lorca

Não te conhece o touro nem a figueira,
nem cavalos nem formigas de tua casa.
Não te conhece o menino nem a tarde
porque já morreste para sempre.
Não te conhece o lombo da pedra,
Nem o raso negro onde te destroças.
Não te conhece a lembrança muda
Porque já morreste para sempre.
O outono virá com suas conchas,
uva de névoa e montes agrupados,
mas ninguém virá olhar teus olhos
porque já morreste para sempre.
Porque já morreste para sempre,
como todos os mortos da Terra,
como todos os mortos esquecidos
em um monte de cães apagados.
Ninguém te reconhece. Não. Mas eu te louvo.
Eu canto desde já teu perfil e tua graça.
A madurez insigne de teu conhecimento.
Tua apetência de morte e o gosto de sua boca.
A tristeza que teve tua valente alegria.
Tardará muito tempo em nascer, se é que nasce,
um andaluz tão claro, tão pleno de ventura.
Eu canto sua elegância com palavras que gemem
e relembro uma brisa triste pelas oliveiras."

(poema extraido do blog da jornalista Franssinete Florenzano)

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