Formada pelo PT e mais 13 partidos, a coligação “Frente Popular Acelera Pará” enfrenta nova crise interna envolvendo a disputa para cargos proporcionais. O insatisfeito da vez é o Partido Social Cristão (PSC) que ontem distribuiu nota ameaçando deixar a coligação alegando não cumprimento de acordos e privilégios aos candidatos do PT, principalmente Cláudio Puty, que é da Democracia Socialista (DS), mesma tendência da candidata ao governo, Ana Júlia Carepa.
Puty estaria avançando sobre as hortas eleitorais dos aliados. “Fecham a torneira para o PSC e abrem para o Puty aprontar”, disse por telefone, ao DIÁRIO, o presidente do partido, deputado federal Zequinha Marinho, que concorre à reeleição.
No material distribuído à imprensa, o PSC usa termos fortes contra o PT, a quem acusa de fazer uma “manobra maligna” ao fechar “as torneiras para os quase 40 candidatos do PSC”. O presidente do PSC diz que até agora o partido não recebeu sequer “santinhos”. Enquanto isso, estaria jorrando “água abundante nas hortas dos candidatos Cláudio Puty e do deputado federal Beto Faro com campanhas
milionárias”.
O PSC acusa ainda os candidatos petistas de estarem comprando votos dentro das igrejas. “O que está claro para o PSC do deputado Zequinha Marinho é que o PT está determinado a eleger seus cinco (deputados) federais, levando de sobra apenas Lúcio Vale, filho de Anivaldo Vale, vice na chapa de Ana Júlia. Na conta do PT ficariam de fora além de Zequinha (PSC), o ex-depu-tado federal Josué Bengtson (PTB), líder da Igreja do Evangelho Quadrangular. Uma manobra contra a igreja no Pará”, diz fonte do partido, que deu ultimato ao PT. O prazo para que as promessas sejam cumpridas termina hoje. “Caso contrário, vamos abandonar o barco”, diz Marinho
Procurado, o coordenador executivo da campanha, André Farias, disse que até agora não recebeu qualquer reclamação formal da legenda e por isso não se manifestaria.
O PSC não é o primeiro partido a ameaçar romper aliança com os petistas. No início de julho, o PDT, de Giovanni Queiroz, também entrou em crise com os governistas. O motivo foi a demora para nomear a indicada do partido, Rosemary Teixeira, indicada pela legenda para o cargo de diretora geral do Detran.
A crise foi contornada e o coordenador político da campanha chegou a dizer que o problema sequer tinha existido, sendo mera especulação da imprensa. (Diário do Pará)
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