terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pará: má gestão e falta de pesquisa de mercado fecham as portas de empresas

A falta de pesquisa de mercado e a gestão ineficiente são os principais algozes dos empresários paraenses, que na maioria dos casos não conseguem completar sequer o primeiro aniversário de seus empreendimentos. Segundo dados do IBGE, 81,80% das empresas paraenses fecham as portas sem completar um ano de vida. Dos 13,8 mil estabelecimentos que tiveram suas atividades iniciadas em 2007, um total de 11,3 mil deixou de funcionar ainda nos 12 meses iniciais. Até 2008, estavam ativas no Estado 55.525 empresas. Este número colocou o Estado na 14º posição do ranking nacional.

Indicadores mostram que a taxa de longevidade de empresas no País é bem maior do que as apuradas no Pará. O percentual de falência prematura - ou seja, antes de alcançar o primeiro aniversário - é de 17,5% no País, segundo dados do IBGE. As participações significantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste mostram que existe um maior dinamismo de abertura e fechamento de unidades locais das empresas do que nas demais regiões - comprovando que muitas as empresas são registradas, mas fecham em um ritmo elevado nessas regiões. O maior índice de mortalidade empresarial do Brasil está na região Nordeste (75,5%), seguida de Centro-Oeste (74,9%) e Norte (71,1%).

O gerente adjunto da Unidade de Atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Alexandre Fernandes, avalia que o elemento principal desta mortalidade é a falta de gestão. "Hoje, os empreendedores escolhem essa carreira por necessidade. Quando isso ocorre, percebemos que não há os devidos cuidados na abertura da empresa", explica. A carência de planejamento e a ausência de estudos de mercado são alguns desses cuidados não adotados.

Mas o empreendedor está mais atento no País, destaca Fernandes. "Com a internet e outros meios de informação à disposição, os empresários tendem a errar menos", diz. O gerente adjunto destaca que o Sebrae tem o papel de ampliar a visão dos novos empreendedores. "O número de pessoas imbuídas do próprio negócio é crescente no Pará. O setor que mais cresceu foi o de serviços, de vários tipos, como salão de beleza e estética, academias e lava-jatos", explica.

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