Feijão, carne e arroz estão entre os produtos com aumento de preço, aponta Dieese
A alimentação básica do paraense voltou a ficar mais cara em outubro. Composta de 12 produtos, a cesta básica custou R$ 219,57, com um reajuste de 3,91% em relação a setembro/2010, quando custou R$ 211,31. Conforme o Balanço Nacional da Cesta Básica, efetuado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em de outubro/2010, das 17 capitais pesquisadas, apenas Aracaju apresentou recuo de preços. Nas demais, inclusive Belém, houve aumento no preço da alimentação básica.
O balanço efetuado pelo Dieese/PA sobre a trajetória de preços da alimentação do paraense mostra que, em outubro deste ano, a maioria dos produtos apresentou aumentos. Nesse mês, os maiores aumentos foram verificados nos preços médios dos seguintes produtos: feijão, carne bovina, banana, arroz, leite, pão e óleo de cozinha. No mesmo período, alguns produtos da cesta básica mantiveram a trajetória de queda. Os maiores recuos ocorridos em outubro/2010 foram nos preços médios dos seguintes produtos: açúcar, com queda de 0,82%; seguido do tomate, com queda de 0,80% e o café, com recuo de preço de 0,44%.
Em outubro/2010, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 658,71, sendo necessário, portanto, quase 1,3 salário mínimo para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.
Ainda com base na pesquisa da cesta básica de outubro/2010, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu cerca de 47% do salário mínimo de R$ 510,00.
O balanço efetuado pelo Dieese/PA nos dez primeiros meses de 2010 mostra que, mesmo com as quedas verificadas nos meses de maio, junho e agosto, o preço da alimentação no Pará continua muito alto. Em 2010, a cesta básica no Pará já apresenta um reajuste de preço acumulado de 7,46%.
De janeiro a outubro deste ano, a maioria dos produtos que compõem a cesta básica do paraense apresentou altas de preços. As mais expressivas ocorreram nos seguintes produtos: feijão, com alta de 110,45%; seguido da farinha de mandioca, com um aumento de 29,25%; a carne bovina, com 12,25%; a banana, com 11,42%; o açúcar, com 10,96%; o leite, com 7,31%, e o pão, que subiu 3,60%.
Também no mesmo período, alguns produtos da cesta apresentaram recuo de preços. Os mais significativos foram: tomate, com queda de 22,33%, seguido do óleo de cozinha, que caiu 9,69%; manteiga, com 4,31% e o café, que teve redução de 1,66% no período.
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