Apesar das cordialidades, Jatene revela preocupação com as contas do Estado em 1º encontro com governadora
Um clima descontraído, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) recebeu, na tarde de ontem, o governador eleito Simão Jatene (PSDB) no Palácio dos Despachos para a primeira reunião oficial entre os dois depois da vitória do tucano no segundo turno das eleições.
A petista anunciou o início do período transitório e declarou repetidamente que espera que o processo se dê de forma tranquila e democrática. Jatene disse esperar o mesmo, mas revelou que duas questões o preocupam neste momento: o fechamento das contas de 2010 e o orçamento de 2011. 'São duas coisas que precisarão estar articuladas, porque uma tem impacto na outra e ambas têm impacto em todo o ano que vem', disse. Hoje, às 11h, no Centro Integrado de Governo (CIG/Segov), será realizada a primeira reunião entre Edilson Rodrigues e Sérgio Leão enquanto coordenadores de transição apontados pela petista e pelo tucano, respectivamente.
'Já providenciamos o local de trabalho das equipes técnicas, que será o mesmo de quatro anos atrás, o Centur (Fundação Tancredo Neves), e também a senha de acesso ao Siafem (Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios), para que as pessoas designadas pelo governador eleito possam ter acesso aos dados do governo nesse período', detalhou Ana Júlia Carepa. 'Estou me colocando à disposição para que tudo seja feito de forma tranquila, e isso faz parte da democracia, que eu sempre defendi ardorosamente'.
A governadora afirmou ainda que, até 31 de dezembro, quando acaba seu mandato, entregará finalizada a primeira etapa do projeto Ação Metrópole, além de estradas e escolas. Ana Júlia disse que entrega o Estado com muitos avanços e sem problemas econômicos. 'Não existe gestão que não avance, o governo nunca para, e nós não paramos. Tivemos obras em todas as regiões, uma característica da nossa gestão e sobre isso (possíveis problemas financeiros), posso dizer que está tudo tranquilo', garantiu. Sobre seu futuro político, a petista afirmou que ainda é cedo para pensar a respeito.
Ao se dirigir à imprensa, Jatene disse esperar que a transição seja realizada com transparência. 'Sugeri à OAB/PA (Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Pará) e ao MPE (Ministério Público Estadual) que acompanhassem esse processo, assim como pediria a qualquer outra instituição reconhecida pela sociedade que defende os princípios democráticos. Estou tomando posse do que é da sociedade e é fundamental, é linha de base saber, com absoluta clareza, qual o ponto de partida aqui. É importante ter isso definido para que, daqui a quatro anos, também possamos ser cobrados', declarou o governador eleito.
Questionado sobre a possibilidade de revisar contratos e licitações contraídos pelo governo de Ana Júlia, Simão Jatene disse esperar primeiramente que as informações que receberá no período de transição permitam uma avaliação efetiva do quadro.
Alepa - Simão Jatene fez, ontem, sua primeira visita à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) após as eleições. Na ocasião, ele agradeceu o apoio que recebeu dos parlamentares, destacou a importância de manter a união entre os poderes e comentou sobre a preocupação que tem em relação ao Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2011, em tramitação na Casa. Vinte e um deputados do PSDB, PTB, DEM, PR, PMDB e PPS participaram do encontro, realizado na sala da presidência da Casa, no final da manhã. 'Acho que nós temos muitos desafios pela frente. Estou convencido que será muito mais fácil enfrentarmos os nossos desafios se unidos estivermos. O fato de nós termos índices sociais dramáticos, mais do que nunca exige que nos unamos. Agora, nós vamos resgatar, efetivamente, os interesses do Estado. Quando estive na condição de governador, na primeira vez, tive uma Assembleia bem parceira. Espero que as coisas sejam bem mais fáceis agora', disse o tucano.
Reposição de perdas será desafio inicial
A primeira grande missão de Simão Jatene começa antes mesmo da própria gestão. Ele viaja no domingo (14) para uma semana de descanso em família, mas, ao retornar, deve viajar para Brasília (DF), onde participa de uma reunião com diversos governadores para discutir possibilidades de reposição das perdas acumuladas pelo Tesouro Estadual por conta da Lei Kandir, que vigora desde 1996 e isenta de ICMS os produtos e serviços destinados à exportação.
Para o peessedebista, o sistema de compensação referente à aplicação da lei é 'talvez uma das coisas mais violentas contra a federação brasileira'. 'Esse é um problema antigo, eu bati muito nisso durante meu governo anterior. Parece fácil dizer ‘vamos acabar com a lei’, mas não é assim que funciona, não podemos tornar nossos produtos caros e poucos competitivos no mercado internacional. Só que o Pará hoje contribui muito para o saldo da balança comercial e tem pouco, quase zero de reprocidade. Essa situação não é, faço questão de dizer, partidária, e precisa ser revista o quanto antes', afirma.
Um clima descontraído, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) recebeu, na tarde de ontem, o governador eleito Simão Jatene (PSDB) no Palácio dos Despachos para a primeira reunião oficial entre os dois depois da vitória do tucano no segundo turno das eleições.
A petista anunciou o início do período transitório e declarou repetidamente que espera que o processo se dê de forma tranquila e democrática. Jatene disse esperar o mesmo, mas revelou que duas questões o preocupam neste momento: o fechamento das contas de 2010 e o orçamento de 2011. 'São duas coisas que precisarão estar articuladas, porque uma tem impacto na outra e ambas têm impacto em todo o ano que vem', disse. Hoje, às 11h, no Centro Integrado de Governo (CIG/Segov), será realizada a primeira reunião entre Edilson Rodrigues e Sérgio Leão enquanto coordenadores de transição apontados pela petista e pelo tucano, respectivamente.
'Já providenciamos o local de trabalho das equipes técnicas, que será o mesmo de quatro anos atrás, o Centur (Fundação Tancredo Neves), e também a senha de acesso ao Siafem (Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios), para que as pessoas designadas pelo governador eleito possam ter acesso aos dados do governo nesse período', detalhou Ana Júlia Carepa. 'Estou me colocando à disposição para que tudo seja feito de forma tranquila, e isso faz parte da democracia, que eu sempre defendi ardorosamente'.
A governadora afirmou ainda que, até 31 de dezembro, quando acaba seu mandato, entregará finalizada a primeira etapa do projeto Ação Metrópole, além de estradas e escolas. Ana Júlia disse que entrega o Estado com muitos avanços e sem problemas econômicos. 'Não existe gestão que não avance, o governo nunca para, e nós não paramos. Tivemos obras em todas as regiões, uma característica da nossa gestão e sobre isso (possíveis problemas financeiros), posso dizer que está tudo tranquilo', garantiu. Sobre seu futuro político, a petista afirmou que ainda é cedo para pensar a respeito.
Ao se dirigir à imprensa, Jatene disse esperar que a transição seja realizada com transparência. 'Sugeri à OAB/PA (Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Pará) e ao MPE (Ministério Público Estadual) que acompanhassem esse processo, assim como pediria a qualquer outra instituição reconhecida pela sociedade que defende os princípios democráticos. Estou tomando posse do que é da sociedade e é fundamental, é linha de base saber, com absoluta clareza, qual o ponto de partida aqui. É importante ter isso definido para que, daqui a quatro anos, também possamos ser cobrados', declarou o governador eleito.
Questionado sobre a possibilidade de revisar contratos e licitações contraídos pelo governo de Ana Júlia, Simão Jatene disse esperar primeiramente que as informações que receberá no período de transição permitam uma avaliação efetiva do quadro.
Alepa - Simão Jatene fez, ontem, sua primeira visita à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) após as eleições. Na ocasião, ele agradeceu o apoio que recebeu dos parlamentares, destacou a importância de manter a união entre os poderes e comentou sobre a preocupação que tem em relação ao Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2011, em tramitação na Casa. Vinte e um deputados do PSDB, PTB, DEM, PR, PMDB e PPS participaram do encontro, realizado na sala da presidência da Casa, no final da manhã. 'Acho que nós temos muitos desafios pela frente. Estou convencido que será muito mais fácil enfrentarmos os nossos desafios se unidos estivermos. O fato de nós termos índices sociais dramáticos, mais do que nunca exige que nos unamos. Agora, nós vamos resgatar, efetivamente, os interesses do Estado. Quando estive na condição de governador, na primeira vez, tive uma Assembleia bem parceira. Espero que as coisas sejam bem mais fáceis agora', disse o tucano.
Reposição de perdas será desafio inicial
A primeira grande missão de Simão Jatene começa antes mesmo da própria gestão. Ele viaja no domingo (14) para uma semana de descanso em família, mas, ao retornar, deve viajar para Brasília (DF), onde participa de uma reunião com diversos governadores para discutir possibilidades de reposição das perdas acumuladas pelo Tesouro Estadual por conta da Lei Kandir, que vigora desde 1996 e isenta de ICMS os produtos e serviços destinados à exportação.
Para o peessedebista, o sistema de compensação referente à aplicação da lei é 'talvez uma das coisas mais violentas contra a federação brasileira'. 'Esse é um problema antigo, eu bati muito nisso durante meu governo anterior. Parece fácil dizer ‘vamos acabar com a lei’, mas não é assim que funciona, não podemos tornar nossos produtos caros e poucos competitivos no mercado internacional. Só que o Pará hoje contribui muito para o saldo da balança comercial e tem pouco, quase zero de reprocidade. Essa situação não é, faço questão de dizer, partidária, e precisa ser revista o quanto antes', afirma.
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