quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Belém, é segundo lugar em Aids


Capital só perde para Barcarena. Ontem, no Dia de Luta contra a Aids, houve testagem em duas praças.


Belém, Rio de Janeiro e Brasília, DF
Folhapress


Belém é a segunda cidade paraense com o maior número de casos de aids, segundo dados da Secretaria de Estado e Saúde Pública do Pará (Sespa). A doença também atinge a população de Redenção e Barcarena, município com maior número de contaminados. Para informar a população da capital sobre a prevenção e tratamento da doença, agentes de saúde da Sespa distribuíram panfletos e preservativos nas praças da República e Batista Campos. A ação foi promovida na manhã de ontem, Dia Mundial de Luta contra a Aids, e contou com a participação de ONGs e do grupo Paravidda. Quem passou pelos locais pôde fazer o teste HIV gratuitamente.
O principal motivo que faz de Belém um dos municípios paraenses com maior número de pessoas contaminadas é a grande população da capital. A informação é do coordenador estadual de DST/Aids e Hepatites Virais da Sespa, Lourival Marsola. Segundo ele, Barcarena e Redenção ocupam o 1º e 3º lugar no pódio da contaminação por causa do fluxo de pessoas nos municípios. Elas são atraídas pela oferta de empregos de atividades econômicas desenvolvidos nas cidades, como a produção de alumínio em Vila do Conde (Barcarena). Junto com a bagagem podem trazer o vírus HIV. O contágio da doença ocorre muitas vezes pela falta de preservativos nos municípios. E em locais mais distantes da capital falta um atendimento de saúde com profissionais que possam informar a população sobre a prevenção da doença, segundo Lourival Marsola.
Ele disse que a "Pesquisa de Comportamentos, Atitudes e Práticas do Brasileiro", realizada pelo Ministério da Saúde, constatou que as pessoas estão bem informadas sobre a prevenção da aids. "O nortista sabe sobre a aids, mas não está se prevenindo porque não tem acesso ao preservativo, ou tem e não considera que tem risco de se contaminar", disse. Nos últimos cinco anos, a transmissão da doença foi maior entre jovens de 13 a 20 anos, segundo a coordenadora do Centro de Testagem e Amostragem (CTA), Mara Rocha. Por esse motivo, a campanha de 2010 do Dia "D" é dirigida à população jovem. As secretarias de saúde de todo o Brasil também querem reduzir o medo das pessoas de descobrir que são portadoras do vírus HIV. "Temos pessoas com 28 anos, HIV positivo, que têm uma boa qualidade de vida", observou Mara Rocha.
O aposentado Rosivaldo Corrêa, de 42 anos, aproveitou o dia da campanha para fazer o seu primeiro teste. "Eu não uso sempre camisinha. ‘A gente’ sai com as meninas... Fica aquela dúvida...", disse. O teste foi feito na hora, a partir da coleta do sangue do dedo. O resultado sai em 20 minutos. A rapidez do exame atraiu de adolescentes a homens. Só na praça da República, até o fim da manhã, mais de 80 pessoas foram atendidas. O teste de HIV é feito diariamente, das 7h30 às 17h, no CTA, localizado na travessa Padre Eutíquio, 555, em frente à praça da Bandeira. Informações pelo telefone (91) 3241-7207.

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