quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Operação identifica 14 empresas fantasmas no sudeste do Pará



da Redação

Uma operação do Ibama realizada desde meados de novembro no nordeste do Pará identificou até agora 14 empresas envolvidas em fraudes sobre a comercialização de madeira retirada da floresta amazônica. Segundo o órgão ambiental, nove empresas eram fantasmas e só existiam no papel, e cinco eram de fachada, com galpões vazios e sem sinal de armazenamento do produto. A ação ocorreu entre os municípios de Ulianópolis e Dom Eliseu.
As madeireiras clandestinas emitiam documentos florestais para esquentar madeira com origem irregular, de acordo com o Ibama. As empresas foram multadas em cerca de R$ 2,7 milhões pelo órgão e foram bloqueadas no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais, o que as impede de negociar novos volumes de madeira amazônica.
Doação - O Ibama encerrou terça-feira, 7, a doação de cerca de 60 toneladas de peixes a instituições beneficentes da região metropolitana de Belém, no Pará. O pescado foi apreendido no início de dezembro, quando era transportado irregularmente em três caminhões-frigoríficos que vinham de barca de Santarém, no oeste do estado, até um porto privado em Icoaraci, a 20 quilômetros da capital. Os veículos também foram apreendidos pelos fiscais do instituto.
Dois dos caminhões fiscalizados, que levavam juntos cerca de 45 toneladas de peixes, estavam a serviço da empresa Gelofruti, multada em R$ 990 mil. Segundo os fiscais, entre as irregularidades praticadas pela autuada, destaca-se o transporte de seis diferentes espécies de peixes (filhote, dourada, mandubé, barba-chata, sarda e pescada-branca) enquanto a nota fiscal registrava apenas uma.
A legislação ambiental do país exige que todo o recurso natural transportado esteja de acordo com as informações da documentação que o acompanha. O terceiro caminhão, que levava peixe salgado, recebeu multa de R$ 280 mil, além de perder carga e veículo. Cerca de onze toneladas do total de pescado apreendido foram doadas ao Mesa Brasil, que integra o programa Fome Zero do governo federal.
Segundo o Mesa Brasil, 18.422 pessoas, entre jovens, crianças, adultos e idosos, serão beneficiados com o alimento. O restante do peixe foi destinado à Cáritas, que realiza trabalhos sociais por meio da Igreja Católica; à Fundação Pestalozzi, que atende crianças com necessidades especiais, e às prefeituras de Vigia e de Santa Izabel do Pará.

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