quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Puxada pelos alimentos, alta do IPCA atinge maior patamar desde 2005

De novo, a alimentação foi a principal responsável pela alta da inflação em novembro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo IBGE, subiu para 0,83% no País, depois de registrar 0,75% em outubro. Foi o maior percentual desde abril de 2005 do índice que serve de base para o sistema de metas de inflação do governo. No ano, o IPCA acumula alta de 5,25%, bem acima do centro da meta fixada para este ano de 4,5%. Em 12 meses, está em 5,63%. Somente a alta de 2,22% do grupo alimentação no mês respondeu por 61% de todo o índice.
"Houve alta generalizada nos alimentos, no feijão, açúcar, óleo de soja e, principalmente, na carne. Estamos na entressafra, e a estiagem piora a situação. Como o gado está confinado, há o custo da ração, que está subindo. Os preços baixos de 2007 também levaram os pecuaristas a abater matrizes, diminuindo o rebanho", explicou Eulina Nunes, coordenadora do Sistema de Índice de Preços do IBGE. A carne subiu 10,67% em novembro, o que representou 30% do IPCA. No ano, também foi a principal influência para os 5,25% captados pelo IBGE.
Legumes registram queda de preço
No grupo de Alimentos e Bebidas, os subitens Tubérculos, Raízes e Legumes tiveram queda de 24,62% nos preços entre outubro de 2009 e novembro deste ano em Belém. Também recuaram os preços das frutas (-5,71%), óleos e gorduras (5,26%) e enlatados e conservas (-1,42%).
Considerando apenas os resultados de novembro, onde o grupo Alimentação e Bebidas subiu 3,43%, o subitem Carne foi o que mais contribui para a alavancada de preços em Belém, com uma alta de 15,25%. Já no caso do grupo Habitação, aluguel e taxas subiram 4,51% nos últimos 12 meses, assim como as taxas condominiais tiveram alta de 8,55% no mesmo período.
INPC - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de Belém fechou novembro em 1,60% - a segunda maior variação dentre 14 capitais pesquisadas pelo IBGE, atrás apenas de Fortaleza (1,82%). Com este resultado Belém se manteve acima da média nacional (5,83%) no acumulado do ano, com uma variação de 6,74%.
A capital paraense tem um peso regional no índice nacional na ordem de 6,94% - e é a única região metropolitana do Norte pesquisada pelo IBGE. O INPC mensura os gastos das famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, nos itens alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transporte, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

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