Famílias alojadas em terreno de empresa ocupam sede do instituto por algumas horas
Integrantes do Movimento de Luta do Campo e Cidade da Amazônia (MLCA) ocuparam, na manhã de ontem, a sede do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) para reivindicar o levantamento da cadeia dominial - histórico de origem de uma propriedade - do terreno onde funcionava a empresa Nova Amafrutas, localizado no município de Benevides. Com isso, a entidade pretende sustar o leilão de venda da área, para pagamento de dívida trabalhista.
O objetivo da diretoria do MLCA é fazer com que as cerca de 2.500 famílias que vivem no local, há cerca de quatro anos, consigam a posse da área. Eles chegaram ao prédio do Iterpa por volta das 8h30 e, somente após se reunirem com representantes do governo do Estado e do Ministério Público do Estado, reivindicando implantação de um assentamento, é que deixaram o local.
Um dos diretores do MLCA, Jô Alfredo de Oliveira, afirmou que a intenção era dialogar com o poder público, mas se assim não fosse estariam dispostos a lutar pela terra. A reunião se iniciou por volta das 14h e só se encerrou depois de três horas. Participaram do encontro membros da diretoria da entidade e o presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), José Heder Benatti; os representantes da secretarias estaduais de Meio Ambiente, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado.
Durante o encontro, O Iterpa elaborou uma ata e se comprometeu solicitar a cadeia dominial aos cartórios de registros de imóveis dos municípios de Ananindeua e Benevides da área reivindicada. "O caso não pode ser solucionado pelo órgão, pois já está na Justiça Federal", diz o presidente do Iterpa.
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