O ano de 2009 registrou o recorde de novos casos de aids no Brasil. Foram 38.538 no período, segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. A taxa de incidência da doença, que leva em conta o número de casos pelo tamanho da população, também cresceu, mas não foi a maior já registrada no País.
Em 2009, surgiram 20,1 novos casos de Aids por 100 mil habitantes. A proporção é maior que a média dos últimos cinco anos (19,7), e menor que o pico ocorrido em 2002 (21,7).
O balanço apontou um aumento da doença entre os jovens. "Teve uma maior incidência na população entre 13 e 24 anos, apesar do aumento do uso do preservativo’’, disse Dirceu Greco, diretor do departamento de DST/Aids do ministério.
A incidência entre os maiores de 60 anos também cresceu. Em 2007, a taxa era de 7,2 novos casos por 100 mil habitantes. Em 2009, foram 8,4 por 100 mil.
Já a transmissão mãe-bebê caiu. De 1999 a 2009, houve redução de 44% nos casos entre menores de 5 anos.
A divulgação dos números ocorreu uma semana depois de a Organização das Nações Unidas anunciar que a epidemia de aids no mundo começa a ser revertida.
Apesar do aumento das estatísticas, o governo brasileiro diz que a doença está "estabilizada’’ no País e que parte do crescimento no número de infectados pode ser explicada pelo aumento nos testes que identificam a aids.
O avanço da doença entre os jovens serviu de mote para a nova campanha voltada para essa faixa etária.
A taxa de incidência no grupo de 20 a 24 anos vinha caindo desde um pico em 2002. A partir de 2008, esse índice voltou a subir.
Essa tendência também foi captada por uma pesquisa com homens que se alistaram no serviço militar. A prevalência da aids nesse público passou de 0,09% em 2002 para 0,12% em 2007.
A divulgação do balanço ocorreu no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ouviu críticas de um jovem com aids sobre o atendimento relacionado à doença.
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