Destruição. Esse foi o resultado do tumulto generalizado que tomou conta da Câmara Municipal de Nova Esperança do Piriá, no nordeste do Estado. A confusão teve início na tarde de ontem (21), enquanto ocorria a primeira audiência de um processo que investiga supostas irregularidades levantadas há alguns meses no relatório da Controladoria Geral da União. Coordenado por duas comissões, composta de cinco vereadores, o caso analisa denúncias de fraudes em processos licitatórios e desvio de verbas por parte do prefeito Antonio Nilton de Albuquerque (PT).
Insatisfeitos com a condução das investigações, cerca de 80 cidadãos invadiram o local, quebrando móveis, computadores e queimando diversos documentos. Os oito policiais que faziam a segurança do prédio da Câmara Municipal não conseguiram conter os manifestantes, que destruíram todo o espaço.
Segundo a relatora de uma das comissões, vereadora Alana Mendes (PR), a desordem foi realizada por funcionários da prefeitura, liderados por alguns secretários municipais. “Eles querem dificultar o nosso trabalho e agora acabaram com o nosso espaço de investigação. Precisamos de ajuda de outras autoridades para que possamos dar continuidade às investigações”, reclama.
Em Belém, devido a problemas de saúde, o prefeito só soube do ocorrido no final da tarde e rebateu as críticas dos adversários políticos. “A minha prestação de contas está correta. Isso é uma vingança por eu não ter liberado verbas que os vereadores queriam”, afirma o prefeito.
Ainda durante a noite de ontem, policiais dos municípios de Castanhal e Paragominas foram deslocados para o local a fim de tentar autuar os responsáveis pelo caso. (Diário do Pará)
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