sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ESFARRAPADA


A polêmica gerada em torno do Orçamento do governo do estado do Pará para 2011 tomou conta dos noticiários esta semana. Participei das duas reuniões. A presidente da Comissão de Finanças da Alepa, Dep. Simone Morgado, estava vivamente interessada em fechar o orçamento e agiu certo quando impediu que a reunião virasse um terceiro turno das eleições. A meu juízo, o governador eleito é que irá operar o orçamento no ano que vem e, por isso, precisa se preocupar. Até aí tudo bem, mas foi muito salutar e surpreendente ter atendido o convite para estar na Assembleia Legislativa para explicar o que estava errado no orçamento, o que deveria ser praxe todos os anos. E, realmente, não ter dotação orçamentaria em algumas rubricas para investimentos (como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros) é o cúmulo da irresponsabilidade, porque, quando o orçamento está zerado, o governo não pode nem remanejar de outra área para esta, pois aquela rubrica passa a não existir, e não suplementa o que não existe. A Ana Júlia se doeu com a crítica que indicava esta e outras tantas discrepâncias no orçamento, inclusive estranhos inchaços de determinados órgãos durante o ano eleitoral pilotados por candidatos vitoriosos, e agora tiveram os seus orçamentos desinchados, talvez porque a governadora nunca discutira orçamento com os Deputados e estranhou a prática democrática...Ou, talvez, porque não saiba mesmo.
Vejo nos jornais de hoje, que o Governo acusa o Governador eleito de estar tentando inviabilizar programas de governo! Ora, que desculpa esfarrapada... Conheço bem esta estratégia política, imputando intenções ao adversário para desviar o assunto quando não tem argumento. Não é à-toa que perderam as eleições.

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